quinta-feira, 18 de agosto de 2016

As Migrações no Brasil estão associadas a fatores econômicos e sociais. Por isso, para compreender as dinâmicas dos movimentos populacionais, é preciso considerar que as zonas em fase de crescimento econômico, em geral, costumam receber um maior quantitativo de pessoas.

Foi assim durante toda a história do Brasil. A concentração populacional sempre ocorreu nas regiões onde se situavam as atividades produtivas: no ciclo da economia da cana-de-açúcar, no Nordeste, durante o período colonial; no Sul, durante a expansão da pecuária; no período da mineração no Centro-Oeste e em Minas Gerais; na região Norte, durante o surto da borracha no final do século XIX e início do século XX; na produção cafeeira na região Sudeste também ao final do século XIX, entre outros.

No entanto, desde a década de 1930 que os fluxos migratórios passaram a obedecer ao ritmo da industrialização. O que colaborou para as migrações rural-urbanas também chamadas de êxodo rural  e para a intensificação das migrações em direção à região Sudeste do país, principalmente oriundas da região Nordeste.

O quadro atual das migrações no Brasil, no entanto, parece apresentar o esgotamento dessa migração em massa. Com os centros urbanos  sobretudo Rio de Janeiro e São Paulo  completamente saturados e repletos de problemas sociais, não há mais um grande atrativo nessas cidades para a recepção de novos migrantes.  Além disso, há em processo uma desconcentração industrial no país, o que vem colaborando para um gradativo reordenamento dos fluxos migratórios.

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